O garoto enxaqueca
PEDRO ALMODÓVAR EXPLICA COMO UMA DOR DE CABEÇA INSISTENTINSPIROU SEU NOVO FILME, "OS ABRAÇOS PARTIDOS", RECLAMA DO PESO DA FAMA E FALA DO FUTURO DO CINEMA E DAS NOVAS TECNOLOGIAS
ÁNGEL S. HARGUINDEY
ELSA FERNÁNDEZ-SANTOS
Um cineasta paralisado por uma cegueira acidental, uma mulher perseguida pela fatalidade, o amor louco, a morte e o cinema, essa paixão misteriosa, capaz de redimir quase tudo.
Com "Los Abrazos Rotos" [Os Abraços Partidos], Pedro Almodóvar [1951] volta ao cinema noir, o gênero no qual, segundo ele, cabem o suspense, o drama e o humor.
"Os Abraços Partidos" é seu 17º longa-metragem e um dos mais complexos de toda sua obra. "Um drama seco", diz o diretor. "Aqui os personagens já choraram o que tinham que chorar, mas foi antes de o filme começar." Amor louco em três ou quatro faixas.
E, no eixo de tudo, Penélope Cruz em sua primeira estreia desde que conquistou o Oscar de melhor atriz coadjuvante, em 22 de fevereiro [por "Vicky Cristina Barcelona"].
Ela é Lena, pela qual estão loucamente apaixonados seu marido, o magnata Ernesto Martel (José Luis Gómez), e o cineasta Mateo Blanco (Lluís Homar), também conhecido como Harry Cane.
Entre eles, um passado reduzido a um quebra-cabeça de pedaços partidos escondido em uma gaveta que apenas Judith (Blanca Portillo) conhece.
Na entrevista abaixo, fala de suas enxaquecas (uma dor obscura da qual nasceu este novo filme), do futuro do cinema, da Espanha das maracutaias e da paralisia da fama: "Soa estranho, mas hoje não posso mais ficar parado na rua".
PERGUNTA - "Os Abraços Partidos" nasceu de dores de cabeça terríveis, algo de que o sr. não gosta muito de falar.
PEDRO ALMODÓVAR - O que não gosto é de me queixar. Minhas dores de cabeça vêm de longe, mas a coisa piorou durante as viagens que fizemos para divulgar "Volver", em 2006.
Eu tinha essas dores quase todos os dias e as combatia com um coquetel de analgésicos chamado Migral, que me traziam da Argentina. Fiquei sabendo depois que, se você abusa do coquetel -e eu abusava-, ele tem o efeito contrário: o problema se torna crônico.
PERGUNTA - Como essas dores se manifestam?
ALMODÓVAR - Não tem nada a ver com uma cefaleia comum; é como comparar uma anchova com um tubarão. Quando está muito intensa, ou mesmo quando é de intensidade média, você não suporta a luz.
Assim, torna-se impossível assistir à televisão, usar o computador ou até mesmo ler. E, claro, escrever. Ela tampouco lhe permite falar. Sua sensibilidade fica totalmente dominada pela dor. Não existe mais nada.
PERGUNTA - O personagem do cineasta cego, interpretado por Lluís Homar, nasce dessa dor...
ALMODÓVAR - A enxaqueca é uma doença misteriosa. São tantas as causas que a provocam, e dependem de tantas circunstâncias, que acertar é pouco menos que casual.
Pouco a pouco fui me acostumando à ideia de que meus problemas não teriam uma solução imediata. No silêncio e na escuridão, sem me dar conta, comecei a imaginar situações e personagens.
Assim surgiu Mateo Blanco, nesse momento claramente meu alter ego -um diretor de cinema que vive na escuridão. Cego. Comecei a fazer anotações a lápis no apartamento. É interessante descobrir que a dor não anula a imaginação.
No final de 2007, senti uma ligeira melhora e, sem me dar conta, havia terminado o roteiro de "Os Abraços Partidos".
PERGUNTA - A fotofobia decorrente das enxaquecas não foi um problema na hora de filmar?
ALMODÓVAR - Suportei a fotofobia diante dos mil quilowatts com que o diretor de fotografia, Rodrigo Prieto, decidiu nos incendiar. Eu me protegia com chapéu e óculos escuros, fazendo todo o possível para que a luz não me atingisse.
Minha vida sempre foi cheia de paradoxos, desde a mais tenra infância. Não me parecia estranho sofrer de fotofobia e trabalhar com a luz. Porque o cinema é luz.
Já o dizia Joseph von Sternberg a Marlene Dietrich, antes de ela entregar-se a uma dieta devastadora para oferecer o rosto mais anguloso possível a seu criador.
Sternberg a convenceu de que não precisava se sacrificar -que os ângulos que a tornariam imortal, ele os criaria com a luz. E conseguiu!
PERGUNTA - Um dos personagens principais é um milionário, um magnata que vira produtor de cinema para realizar o capricho de sua mulher de ser atriz. É um protótipo da "cultura da maracutaia".
ALMODÓVAR - Há tantos magnatas que já pagaram filmes para suas queridas! Minha experiência com homens poderosos, esses ricos que se metem a fazer cinema, tem sido nefasta.
Não deixa de me parecer comovente que, de "Cidadão Kane" até hoje, continuem a existir esses homens, diletantes, amantes da arte, mas basicamente toscos, capazes de financiar o capricho de uma mulher de ser atriz, se com isso conseguem conservá-la a seu lado.
São homens que se condenam a um duplo fracasso: primeiro, porque a pessoa que amam não tem talento; segundo, porque essa pessoa vai deixá-los da mesma maneira.
Em "Abraços Partidos", a personagem de Penélope não se sente realizada vivendo num palácio, amarrada por correntes de ouro.
Nesse caso, além de ser atriz, é boa e tem escrúpulos.
De qualquer modo, embora os personagens possam ser inspirados em pessoas que já conheci, não se trata de cinema terapêutico nem de revanche ou ajuste de contas com ninguém. Nem sequer é um filme tão anticlerical quanto "Má Educação" foi antirreligioso.
A tecnologia está deseducando o gosto dos jovens e degradando o produto cinematográfico, do mesmo modo que os iPods degradaram a música |
PERGUNTA - Essa Espanha das maracutaias, na qual transcorre parte da trama do filme, parece que virou atual outra vez.
ALMODÓVAR - Ela nunca deixou de existir. É incrível como se repetem esses tipos, e o que mais me surpreende é que não tenham sido feitos mais filmes sobre eles. Em outros países, como a Itália, já haveria vários.
Ainda que o que me interessa seja a magnitude dos sentimentos desse homens.
PERGUNTA - Sentimentos esses que giram em torno da personagem de Penélope Cruz, num papel que provavelmente é o mais maduro de sua carreira.
ALMODÓVAR - É um papel que teoricamente não combina com ela e que, por isso, lhe custou muito fazer.
Mas ao mesmo tempo é uma oportunidade para mostrar mais versatilidade, e eu não poderia ter ficado mais contente. Eu queria, de algum modo, forçá-la a trabalhar num registro novo, nesse de heroína de filme noir, que tanto me agrada.
Penélope é jovem para entender plenamente esse tipo de mulher -uma mulher de 38 anos muito experiente, que já viu de tudo na vida e que, por sua beleza, já caiu em muitas armadilhas. Uma mulher que sempre quis ser atriz, mas que não teve sorte.
Ela trabalha como secretária e, de vez em quando, como prostituta, mas não quer subir na vida, não é uma arrivista. É um anjo caído, uma mulher endurecida pela vida.
Penélope já sofreu, é claro, mas nunca teve contato com algo tão difícil quanto a personagem. Mas eu estava certo de que ela poderia fazer o papel, e ela confia plenamente em mim.
Neste momento, depois de mostrar a ótima comediante que pode ser no filme de Woody Allen ["Vicky Cristina Barcelona"], essa personagem lhe caiu muito bem.
PERGUNTA - É uma personagem muito triste.
ALMODÓVAR - Sim, eu sentia muita pena dela, porque não podia fazer nada para salvá-la.
PERGUNTA - O ano de 2008 foi muito ruim para o cinema espanhol. Em 2009 estão previstas cifras melhores, graças à estreia de seu filme e os de Alejandro Amenábar, Isabel Coixet, Fernando Trueba etc.
ALMODÓVAR - A crise está afetando o cinema positivamente. As pessoas deixam de ir jantar fora, mas querem continuar saindo às ruas, e o cinema é um entretenimento acessível, bom para estes tempos.
Sobre a redução no número de espectadores, acho que a pirataria tem muito a ver com isso. Vivemos uma fase de mudanças muito grandes em tudo o que diz respeito ao consumo de imagens, e só existe uma saída: estruturar esse consumo.
Não acredito que o cinema visto nas salas de cinema esteja morto, assim como não acredito que os jornais estejam mortos. Não vou a um café para ler o jornal no meu computador, e, como eu, há muitas pessoas.
Existem muitas coisas paradoxais, como o fato de que vejo os filmes muito melhor em meu televisor de plasma do que numa sala de cinema.
Isso me dá calafrios, porque aquilo de que gosto é justamente ir ao cinema, me sentar com pessoas que não conheço.
As novas tecnologias proporcionam uma qualidade extrema para assistir a filmes em casa, mas, ao mesmo tempo, essas mesmas tecnologias e a quantidade de janelas possíveis estão deseducando o gosto dos jovens e degradaram o produto cinematográfico, do mesmo modo que os iPods degradaram a música.
PERGUNTA - Este filme é uma história de amor louco, mas o sr. inclui uma sequência de "Viagem à Itália", de Rossellini, em que Ingrid Bergman não poderia estar mais longe desse tipo de amor -uma mulher que, ao contemplar um casal que morreu carbonizado e abraçado, pensa na decadência e na mesquinhez de seu próprio casamento.
ALMODÓVAR - Há duas emoções nessa cena que me interessam. Uma delas é a de Ingrid Bergman, ao ver que seu casamento não se parece em nada com esse casal carbonizado pela lava de um vulcão; essa emoção coincide com a de Magdalena/ Penélope, ao ver um casal a quem a morte surpreendeu dormindo juntos e abraçados.
E há também a de Lluís Homar, que quer congelar numa foto esse abraço seu com Penélope e cuja voz também nos recorda seu desejo não realizado de morrer abraçado com ela.
Diante de tudo isso, o que fica subjacente nesse filme é o azar, uma má sorte que contagia todos os personagens, embora recaia especialmente sobre ela.
Apesar de tudo, acho que é um dos filmes que fiz com final mais feliz.
PERGUNTA - E aí entra o cinema, com sua capacidade redentora. O cinema ordena tudo e também cura todo. Talvez o grande amor retratado neste filme seja o cinema.
ALMODÓVAR - O cinema é uma paixão irracional; todos os meus filmes são impregnados de cinema e, para mim, o cinema é a realidade. O filme todo é um canto de amor a essa profissão, que é mais que um trabalho: é uma forma de vida.
Mas isso não estava presente quando escrevi o roteiro -foi surgindo pouco a pouco. As intenções nem sempre estão presentes desde o início -elas vão saindo...
E sim, sinto que é a primeira vez em que faço uma declaração tão expressa de amor pelo cinema -não com uma sequência em concreto, mas com um filme inteiro.
John Huston filmou "Os Vivos e os Mortos" numa cadeira de rodas, ligado a um cateter. Essa não é uma imagem patética, mas harmônica, de grande beleza. Eu me vejo exatamente assim na idade dele.
PERGUNTA - "Os Abraços Partidos" é um drama com toque de filme noir. É um gênero que o sr. já abordou em "Carne Trêmula" e depois em "Má Educação". Por que o fascínio por esse gênero?
ALMODÓVAR - Na minha maturidade, venho me interessando pelos gêneros, e um tem me levado a outro.
Por exemplo, nunca assisti a um faroeste quando era criança, mas mesmo assim fui me interessando mais e mais por eles, até que o western se converteu em meu gênero favorito. Não faço um porque a ideia não me vem à cabeça.
PERGUNTA - O sr. teve uma ideia -sobre dois caubóis homossexuais-, mas foi atropelado.
ALMODÓVAR - (ri) Bem, bem, isso já é outra história. O fato é que sempre gostei de drama e de melodrama, desde muito jovem. E cheguei ao cinema noir exatamente daí. O cinema noir é drama com um pouco mais de obscuridade, com alguma arma e algum morto.
Quando o drama e o noir se esbarram, convivem perfeitamente, e o drama se converte em algo muito duro. O gênero noir se permite ter sentimentos. Sempre cito "Amar Foi Minha Ruína", de John M. Stahl, como a união perfeita de melodrama e thriller, e a convivência desses dois gêneros é tremendamente atraente, como diretor e como espectador.
PERGUNTA - Mas seria preciso acrescentar um terceiro gênero: a comédia.
ALMODÓVAR - É que o thriller admite muita ironia; o que ele não admite tanto é a carga sentimental. Mas "Laura" [de Otto Preminger] é uma grande história de amor, como também o é "Fuga do Passado" [de Jacques Tourneur]. Esse thriller me encanta, pois não apenas evita os sentimentos como os torna mais evidentes.
Vendo os grandes filmes noir de John Huston ou Howard Hawks, os diálogos são pura ironia, os deles e os delas. Para mim, "O Falcão Maltês" é alta comédia. Com essa mulher, Mary Astor, que mente cada vez que abre a boca!
Portanto, é claro que o thriller admite o humor.
PERGUNTA - José Luis Gómez interpreta o magnata apaixonado por Lena (Penélope Cruz) e que é o pai de Ray X (Rubén Ochandiano). O filme fala muito de paternidades conflitivas. O personagem interpretado por Homar chega a contar o episódio do escritor Arthur Miller e seu filho secreto, Daniel.
ALMODÓVAR - A história do filho de Arthur Miller, assim como a do filho de Hemingway, me serve para falar desses pais poderosos e importantes que sufocam seus filhos.
Na criação do personagem de Ray X, há ecos da história de Ernest Hemingway e seu filho Gregory.
Quando era criança, Gregory gostava do contato com seda e tafetá. Depois de beber mais que seu pai, caçar elefantes maiores que os dele e ter mais filhos do que o escritor teve, acabou mudando de sexo quando tinha quase 60 anos, 15 anos após a morte de seu pai.
A história do filho de Arthur Miller também me parece terrível -esse garoto com síndrome de Down cujo pai nunca quis vê-lo e que anos depois o procurou, depois de uma conferência, para se apresentar. É assombroso.
PERGUNTA - No filme há uma homenagem explícita a quase todas as "garotas Almodóvar": Chus Lampreave, Kiti Manver, Mariola Fuentes, Lola Dueñas, Blanca Portillo e, é claro, Penélope Cruz. O sr. diz que a maior parte dos papéis femininos que escreveu é uma mistura de sua mãe e de suas vizinhas de La Mancha, com pitadas de Holly Golightly [personagem de Audrey Hepburn em "Bonequinha de Luxo"], da Giulietta Masina de "A Estrada da Vida" e da Shirley MacLaine de "Se Meu Apartamento Falasse".
ALMODÓVAR - Falta uma, Blanca Sánchez, que morreu recentemente e da qual, por pudor, tenho falado pouco.
Na realidade, minha grande fonte de inspiração tem sido minha mãe, suas vizinhas e Blanca. Ela representava todas essas mulheres modernas e urbanóides, de pensamento voltado para o futuro, sem preconceitos e dotadas de tremenda vitalidade.
Em termos de cinema, eu acrescentaria a Gena Rowlands de "Opening Night" e Romy Schneider, à qual faço uma pequena homenagem no filme. Mas Blanca era mais do tipo Holly Golightly, sem ser prostituta, é claro.
PERGUNTA - Como ela era?
ALMODÓVAR - Era muito sofisticada e moderna e, ao mesmo tempo, tremendamente ingênua para o amor. Representa essas mulheres que se desenvolvem por igual em todos os ambientes, dos mais humildes aos mais sofisticados.
PERGUNTA - Ela inspirou Candela (María Barranco) de "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos"?
ALMODÓVAR - Sim. Ela se apaixonou por um homem sem saber que era terrorista e que a estava usando. Ele colocou outras pessoas do ETA em sua casa, porque Blanca era muito generosa, e ali, sem que ela soubesse, planejaram um ataque ao presídio de Carabanchel para libertar outros presos.
Aquilo custou a Blanca, que era inocente, nove meses de prisão. Depois que saiu, nunca mais foi a mesma. Eu ia visitá-la e voltava arrasado. O que era incrível era sua ingenuidade para com o amor.
Quando a história dos membros do ETA veio à tona, o que ela não conseguia entender e o que a deixou arrasada era o fato de que aquele homem não tivesse confiado nela.
O que a fazia sofrer era o fato de que seu amante nunca confiou nela o suficiente para lhe dizer a verdade, na cama. Eu não acreditava naquilo e lhe dizia: "Mas, Blanca, ele era do ETA!".
Aquilo mudou radicalmente a relação dela com os homens, e a prisão a deixou marcada.
Lembro que, antes de se entregar ao juiz, me telefonou e pediu para tirar da casa, da minha casa antiga -porque vivi bastante tempo com ela-, as caixas e caixas de torrones e chocolates que o pessoal do ETA tinha comprado para levar no Natal.
Só me dizia para não me preocupar com ela, mas para, por favor, tirar tudo aquilo de sua casa.
O absurdo, os paradoxos que me acontecem na vida, é que eu não sabia o que fazer com aquele arsenal de doces natalinos, então os dei a meu cunhado, que era guarda civil e que passou o Natal devorando os torrones e chocolates que os homens do ETA tinham comprado.
PERGUNTA - Por que era uma amizade tão forte?
ALMODÓVAR - Ela era mais consciente de mim do que eu mesmo. Tinha uma fé cega em mim. Conheci Blanca 100% e por isso tantas vezes minha referência tem sido ela. Sua generosidade sem limites, sua inteligência, sua capacidade de correr riscos na vida, sua enorme discrição -nunca fez alarde de nossa amizade.
PERGUNTA - O sr. já se queixou algumas vezes de como a fama modificou sua relação com o mundo.
ALMODÓVAR - A fama me afeta, na medida em que não posso ficar tranquilo na rua. Se tenho um encontro marcado com alguém, não posso ficar esperando em nenhum lugar.
Não me importo de falar com as pessoas que se aproximam de mim na rua, mas não posso com as fotos feitas por celular -essa é a pior invenção que existe. Já renunciei faz tempo a me manifestar tal como sou nas ruas ou num bar. Se você tem um problema, não pode chorar... Essa é sem dúvida uma perda enorme.
O único hábito que não mudei é o de ir ao cinema duas ou três vezes por semana. Mas apenas vou a bares, sobretudo por causa das enxaquecas -não que me falte vontade de sair, pois isso não me falta.
Novo curta do diretor está no YouTube
DA REDAÇÃO
Após 30 anos sem se dedicar ao curta-metragem, Almodóvar retorna ao formato (com o qual iniciou a carreira nos anos 1970) com "La Concejala Antropófaga" (A Conselheira Antropófaga).
Protagonizado pela atriz espanhola Carmen Machi, o curta ecoa referências a filmes como "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos" (1988). Rodado durante a produção de "Os Abraços Partidos", "A Conselheira Antropófaga" pode ser visto em - http://www.youtube.com/watch?v=g9OrlcznzVM
A íntegra deste texto saiu no jornal "El País".
Tradução de Clara Allain.
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